Hipotireoidismo – Sintomas, Tipos e Tratamentos

O hipotireoidismo é uma síndrome clínica resultante da deficiente produção ou ação dos hormônios tireoidianos, consequentemente tornando lentos todos os processos metabólicos.

A condição pode ser primária, por falência da glândula tireóide (localizada no pescoço), secundária, por falha na glândula hipófise, ou terciária, onde a deficiência é no hipotálamo.

Sem a tireóide o ser humano não sobrevive, pois nenhuma célula funciona sem os hormônios produzidos pela glândula.

Nos Estados Unidos, o hipotireoidismo está presente em cerca de 4,5% da população acima de 12 anos, cerca de 10 milhões de pessoas.

O hipotireoidismo primário (99% dos casos) é uma doença muito presente em todo o mundo, sendo mais comum na raça branca (95% dos casos), em mulheres (10 mulheres para cada homem) e em idosos (a faixa etária mais comum de início da doença é entre 40-60 anos).

A principal causa do hipotireoidismo é a tireoidite de hashimoto, uma doença autoimune, que leva a falência da glândula tireóide após agressão por processo autoimune (anticorpos).

Outra causa bastante frequente é o hipotireoidismo causado por algumas medicações, principalmente aquelas que são ricas em iodo (amiodarona, contrastes radiológicos e lítio). E também em pacientes que foram submetidos a radioterapia na cabeça e no pescoço para tratamento de tumores.

Crianças podem apresentar hipotireoidismo congênito, ao nascimento, que é detectado no teste do pezinho. Isto ocorre por defeitos no desenvolvimento da glândula dentro do útero materno.

É frequente que pessoas com esta condição tenham redução do apetite, porém 60% destes pacientes têm ganho de peso modesto por retenção de líquidos.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a obesidade não faz parte do quadro do hipotireoidismo.

Uma grande preocupação no hipotireoidismo é que estas pessoas têm maior risco para formar placas de gordura nas artérias, que leva a infarto, AVC (derrame cerebral) e outras doença ateroescleróticas.

Hipotireoidismo causa tontura

Os sintomas mais marcantes do hipotireoidismo são: cansaço, sonolência, intolerância ao frio, pele seca e descamativa, cabelos secos, frágeis e quebradiços, unhas quebradiças, queda de cabelo, edema facial, voz arrastada, anemia, lenta cicatrização de feridas, constipação intestinal, irregularidade menstrual, infertilidade, disfunção erétil, tontura e zumbido no ouvido.

Cansaço súbito e dores musculares são o principal alerta da doença.

Alerta para as mulheres: os sintomas do hipotireoidismo podem se confundir com os da menopausa.

Porém, é importante ressaltar que a apresentação clínica depende da idade, do sexo, e das condições físicas do paciente, bem como da intensidade do hipotireoidismo.

O diagnóstico é feito pela dosagem dos hormônios TSH, T4 livre e T3 no sangue, e deve ser realizado na observância de algum dos sintomas citados anteriormente.

Após os 40 anos, a dosagem deve ser feita com frequência.

O tratamento é simples, consistindo da reposição do hormônio tireoidiano, a levotiroxina, tomada uma vez por dia, geralmente pela manhã, em jejum. Depois de iniciado o tratamento, em 8 semanas o paciente volta ao seu estado normal.

Seu tratamento e acompanhamento devem ser feitos por toda a vida do paciente.

A dose varia com o peso e a faixa etária, e deve ser iniciada por um endocrinologista, e alguns grupos merecem que a dose seja inserida de maneira escalonada no início do tratamento, e requerem um controle mais próximo.

O hipotireoidismo pode causar tontura e efeitos prejudiciais para vários sistemas e órgãos, e, se não tratado, torna-se uma condição que pode ser fatal.

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